Simples professor, como tem acontecido com a maioria de meus pares, fui em repetidas ocasiões reduzido ao nada como se o trabalho que estivesse a prestar à sociedade não tivesse nenhuma utilidade.
Não surpreenderá a ninguém revelar uma vez mais que neste belo e rico país, os indivíduos ainda são considerados e tratados em função da imagem e das marcas exteriores que ostentam, além dos títulos académicos de que são titulares – DOUTORES.
É assim que nas conversas de família, de rua e até nos meios mais formais, existe a tendência de medir os homens aos palmos, uns se achando mais importantes que outros em função dos diplomas, inclusive.
Essa cultura ou mania de querer medir e reduzir os outros ao insignificante já não afecta muitos profissionais da educação especialmente, que sentem aliás muita vergonha de ver seus antigos alunos protagonizar publicamente comportamentos impróprios de pessoas educadas.
Antes pelo contrário essa cultura de pensar que o meu curso é o mais importante de todos, começa a preocupar porque não contribui em nada e só destrói todo o ideal de desenvolvimento de um país, que passa obrigatoriamente pela capacidade de absorção do capital humano.
Na verdade, no sentido de um desenvolvimento durável, todos são chamados a intervir, não tanto pelo diploma que ostentam, nem pela profissão que desempenham, mas muito mais pelo contributo que devem dar em parceira e no respeito de outras pessoas, independentemente do facto de ostentarem ou não diplomas superiores.
Por um lado, as profissões valem-se e auxiliam-se. Por outro lado, elas valem o que valem e acabam sobressaindo individualmente, não porque são mais úteis que as outras, mas sim em razão das situações e dos problemas específicos por resolver. Assim quando alguém quer tratar da saúde vai ao hospital ou à farmácia; quando alguém quer educação vai à escola; quando alguém quer casa vai ao arquitecto ou ao pedreiro; quem quer taco vai ao banco, etc.
Engenheiro, médico, jurista, economista, educador, geógrafo, sociólogo, gestor, polícia, etc., como as demais que existem no país, são todas profissões nobres e úteis ao desenvolvimento, mas nenhuma deve se pretender superior, tanto mais que não se vê em nome de qual critério de comparação tal seria aceitável.
É definitivamente tempo de pararmos de pensar e de transmitir a mensagem segundo a qual o nosso curso é o melhor e o mais importante do país ou do mundo, porque isso é completamente falso, além de revelar ignorância e não contribuir para a eficácia do trabalho que fazemos.
É fundamental enxergarmos que um curso, uma profissão ou um diploma só ganham sentido quando confrontados aos demais bem assim às necessidades das pessoas e às soluções de que o povo beneficia, graças ao empenho dos trabalhadores das diferentes áreas.
Infelizmente, uma vez mais, é na escola onde costumam desaguar as responsabilidades quando há fracassos ligados ao sistema educativo. Desta feita, não iremos muito por aí. A culpa é das mentalidades, da cultura que estamos a forjar na nossa sociedade como um todo. Todavia, a maneira como os pais e formadores nos orientam para uma determinada profissão; a maneira como os professores – nossas referências – vão transmitindo as mensagens joga um grande papel em tudo isto.
A política nacional de educação e os planos estratégicos que resultaram já anteciparam há mais de dez anos, mas ainda falta galgar muito terreno para adaptar o HOMEM NOVO às exigências do século XXI, se bem que muitos doutores que ainda confundem CABEÇA GRANDE com conhecimento ao serviço do desenvolvimento ainda não tenham entrado, em prejuízo deste belo e rico país que clama por uma massa cinzenta robusta e a todos os níveis.
Inspirando-se nos trabalhos da UNESCO, sob a liderança de Jacques DELORS, o nosso país assumiu e deve por isso ser felicitado, que a educação como factor de desenvolvimento, devia fornecer 5 coisas importantes, devendo estar bem patentes nas mentes de todos os profissionais, sendo: Uma visão holística, o saber aprender, o saber ser, o saber fazer e por último o saber viver juntos.
Esses 5 pilares que fazem da educação o grande tesouro para a VIRAGEM, rumo a um país próspero e competitivo, constituem, na verdade, as disciplinas mais importantes porque nos fornecem as ferramentas, de modo a intervirmos no nosso meio com respeito pela diversidade, com flexibilidade, com mobilidade e ao longo da vida.
Afinal o que é que se pretende com o trabalho de equipa? Como pode ser obtido este espírito de trabalho? Não se obtém com pensamento compartimentado, com disciplinas fechadas, e muito menos com SHOW OFF. Todas as disciplinas, todas as profissões são importantes e devem se unir num TASK FORCE para construirmos o Moçambique do amanhã – o futuro Melhor.
Geração da viragem não é para snobes nem CABEÇUDOS. É uma malta de gajos que deve se respeitar maningue, cultivar a gestão participativa e a interdisciplinaridade, acima de tudo.
Não surpreenderá a ninguém revelar uma vez mais que neste belo e rico país, os indivíduos ainda são considerados e tratados em função da imagem e das marcas exteriores que ostentam, além dos títulos académicos de que são titulares – DOUTORES.
É assim que nas conversas de família, de rua e até nos meios mais formais, existe a tendência de medir os homens aos palmos, uns se achando mais importantes que outros em função dos diplomas, inclusive.
Essa cultura ou mania de querer medir e reduzir os outros ao insignificante já não afecta muitos profissionais da educação especialmente, que sentem aliás muita vergonha de ver seus antigos alunos protagonizar publicamente comportamentos impróprios de pessoas educadas.
Antes pelo contrário essa cultura de pensar que o meu curso é o mais importante de todos, começa a preocupar porque não contribui em nada e só destrói todo o ideal de desenvolvimento de um país, que passa obrigatoriamente pela capacidade de absorção do capital humano.
Na verdade, no sentido de um desenvolvimento durável, todos são chamados a intervir, não tanto pelo diploma que ostentam, nem pela profissão que desempenham, mas muito mais pelo contributo que devem dar em parceira e no respeito de outras pessoas, independentemente do facto de ostentarem ou não diplomas superiores.
Por um lado, as profissões valem-se e auxiliam-se. Por outro lado, elas valem o que valem e acabam sobressaindo individualmente, não porque são mais úteis que as outras, mas sim em razão das situações e dos problemas específicos por resolver. Assim quando alguém quer tratar da saúde vai ao hospital ou à farmácia; quando alguém quer educação vai à escola; quando alguém quer casa vai ao arquitecto ou ao pedreiro; quem quer taco vai ao banco, etc.
Engenheiro, médico, jurista, economista, educador, geógrafo, sociólogo, gestor, polícia, etc., como as demais que existem no país, são todas profissões nobres e úteis ao desenvolvimento, mas nenhuma deve se pretender superior, tanto mais que não se vê em nome de qual critério de comparação tal seria aceitável.
É definitivamente tempo de pararmos de pensar e de transmitir a mensagem segundo a qual o nosso curso é o melhor e o mais importante do país ou do mundo, porque isso é completamente falso, além de revelar ignorância e não contribuir para a eficácia do trabalho que fazemos.
É fundamental enxergarmos que um curso, uma profissão ou um diploma só ganham sentido quando confrontados aos demais bem assim às necessidades das pessoas e às soluções de que o povo beneficia, graças ao empenho dos trabalhadores das diferentes áreas.
Infelizmente, uma vez mais, é na escola onde costumam desaguar as responsabilidades quando há fracassos ligados ao sistema educativo. Desta feita, não iremos muito por aí. A culpa é das mentalidades, da cultura que estamos a forjar na nossa sociedade como um todo. Todavia, a maneira como os pais e formadores nos orientam para uma determinada profissão; a maneira como os professores – nossas referências – vão transmitindo as mensagens joga um grande papel em tudo isto.
A política nacional de educação e os planos estratégicos que resultaram já anteciparam há mais de dez anos, mas ainda falta galgar muito terreno para adaptar o HOMEM NOVO às exigências do século XXI, se bem que muitos doutores que ainda confundem CABEÇA GRANDE com conhecimento ao serviço do desenvolvimento ainda não tenham entrado, em prejuízo deste belo e rico país que clama por uma massa cinzenta robusta e a todos os níveis.
Inspirando-se nos trabalhos da UNESCO, sob a liderança de Jacques DELORS, o nosso país assumiu e deve por isso ser felicitado, que a educação como factor de desenvolvimento, devia fornecer 5 coisas importantes, devendo estar bem patentes nas mentes de todos os profissionais, sendo: Uma visão holística, o saber aprender, o saber ser, o saber fazer e por último o saber viver juntos.
Esses 5 pilares que fazem da educação o grande tesouro para a VIRAGEM, rumo a um país próspero e competitivo, constituem, na verdade, as disciplinas mais importantes porque nos fornecem as ferramentas, de modo a intervirmos no nosso meio com respeito pela diversidade, com flexibilidade, com mobilidade e ao longo da vida.
Afinal o que é que se pretende com o trabalho de equipa? Como pode ser obtido este espírito de trabalho? Não se obtém com pensamento compartimentado, com disciplinas fechadas, e muito menos com SHOW OFF. Todas as disciplinas, todas as profissões são importantes e devem se unir num TASK FORCE para construirmos o Moçambique do amanhã – o futuro Melhor.
Geração da viragem não é para snobes nem CABEÇUDOS. É uma malta de gajos que deve se respeitar maningue, cultivar a gestão participativa e a interdisciplinaridade, acima de tudo.
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In Jornal Público ed.96,pag.06
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